E se sua catequista fosse Maria?

14/10/2010 07:51

 

Na vida do cristão católico, em determinado momento, é real a presença de um catequista. Não querendo reduzir o catequista à figura daquelas pessoas, que auxiliam na formação para recepção dos sacramentos, apenas. Catequista – o agente de catequese(do grego = fazer ecoar) – é o cristão que, necessariamente, fará uma outra pessoa conhecer o Cristo que ele segue.

Terá êxito, porém, na tarefa de apresentar Cristo, conforme sua experiência pessoal com Ele. Catequizar é, portanto, relação de um cristão e um neo-cristão. O que nos remete a Maria, a “primeira cristã” que, na posição de nossa catequista, por Sua experiência, tornaria nossa compreensão do Cristo um tanto mais aprimorada, ou então, ter catequese com Maria nos tornaria mais cristãos.

Apesar de tudo, somos catequistas! A sociedade atual está carente de pessoas como nós. Motivo de orgulho? Não. Alerta vermelho para o compromisso.

Catequista existe porque ajuda a conhecer o Cristo. Seja, inicialmente, por intenção clara quando auxilia as crianças na preparação dos sacramentos, os noivos para o casamento, pais e padrinhos para o batizado. Ou então, por sua vida de participação na comunidade, no convívio com os vizinhos, na prática da caridade, sem ter necessidade de proferir uma só palavra.

 

Recordo São Francisco quando conversava sobre a evangelização com seus confrades. Dizia ele: “Vamos evangelizar, meus irmãos. Vamos evangelizar! Se necessário, usemos palavras”. Provocação que reflete nossas maneiras de evangelizar: anunciar a Boa Nova do Amor.

Esta compreensão de São Francisco é o sentimento de alguém, de um catequista, que fez sua experiência com Cristo. Um catequista que conhece, teve seu momento íntimo com Aquele que agora quer levar aos demais.

Uma vez tendo conhecido, feito experiência com o Cristo, a pessoa não é mais a mesma, não se contenta em si mesma, quer que a sua experiência CRISTÃ seja percebida pelos que os circunda.

Basta nos voltarmos a Mãe do Cristo. Maria, sabendo de sua gravidez, e mais, conhecendo de quem estava grávida, não fechou-se em si mesma. Foi à Isabel contar-lhe a maravilha de estar com Cristo, tê-lO em seu íntimo, com seu Filho e Salvador.

Grande catequese se deu no encontro das primas de Jerusalém. Maria, a catequista, partilha como é estar com Cristo, isto é, ser cristã. Isabel, a catequizanda, entende a novidade anunciada, aceita acreditar no que estava acontecendo, torna-se cristã.

 

Catequistas de nossos dias...

... sigamos fieis na tarefa de anunciar o Cristo. Anunciar aquele que nos fez “mudar de vida”, nos deixou cristãos. Não nos afastemos, porém, das catequeses de Maria. Não faltemos nos encontros com ela.

Saibamos encontrá-la na escuta da Palavra, na oração do Rosário, na ajuda aos necessitados.

Aprendamos sua didática: do silêncio, do anúncio, da pressa, da dor, da alegria, do encontro com o Ressuscitado, seu Filho.

Sejamos eternos catequizandos de Maria-Catequista.

 

 

Ariél Philippi Machado

Brusque, 06/10/10

Voltar

Pesquisar no site

© 2010 Todos os direitos reservados.