LITURGIA DO 26º DOMINGO DO TEMPO COMUM -( LC 9,46-50)

26/09/2010 21:14

Na maneira de pensar do povo de Israel, os ricos eram considerados como abençoados por Deus. A primeira leitura, ao invés, se opõe duramente a estas pessoas, pois, aproveitando-se da própria condição social, levavam uma vida ociosa e prazenteira.

Os homens se perfilam facilmente ao lado dos ricos. O Evangelho deste domingo nos diz, por sua vez, que Deus permanece com os pobres, com os que mais sofrem, com os menos favorecidos. Para ele estes têm um nome e são seus amigos aqueles que, aos olhos do mundo, são insignificantes, desprezados, esquecidos. Ele exige que haja jusstiça para eles neste mundo.
A segunda leitura está em perfeita sintonia com este tema porque denuncia a cobiça pela riqueza como a causa de todos os males.

Também há um ensinamento importante na resposta de Abraão ao rico que lhe implora que envie Lázaro a alertar os irmãos: "Se não derem ouvidos a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos". O rico pensa que a única maneira de fazer mudar a idéia dos que estão afundando em valores errados é proporcionar-lhes prodígios, milagres, aparições, acontecimentos espetaculares (show da fé) e misteriosos que os façam lembrar do além. Esta idéia de que o milagre é o impulso definitivo para seguir o caminho proposto por Cristo é uma ilusão perigosa, que está presente também na mente dos cristãos de nossos dias. A resposta é clara: a única forma de transformar o coração do rico é a palavra de Deus (DIA DA BIBLIA HOJE). Moisés e Elias são termos com os quais nos tempos de Jesus se designava a Sagrada Escritura. Está Palavra é quem tem o poder de realizar o milagre de abrir ao rico a porta do céu, um milagre este, tão difícil quanto o de passar um camelo pelo fundo de uma agulha (Lucas 18,25).

Blog PE SÉRGIO JEREMIAS DE SOUZA - TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS

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